Edifício impresso em 3D mais alto do mundo concluído nos Alpes Suíços
- Open Gate Portugal

- 30 de jul.
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O edifício impresso em 3D mais alto do mundo foi concluído na Suíça. Chamado Tor Alva (A Torre Branca) e localizado na vila alpina de Mulegns, o projeto foi realizado pela Fundação Cultural Origen em colaboração com a ETH Zurique para compreender a relação entre fabricação digital, preservação do patrimônio cultural e revitalização rural.

A característica marcante da torre de cinco andares são suas 32 colunas de concreto exclusivas, impressas em 3D e com capacidade de sustentação. As colunas em formato de Y contêm detalhes complexos em três escalas distintas, possibilitados por um processo de fabricação inovador que envolve dois robôs cooperativos , com um deles extrudando o concreto enquanto o outro aplica reforço de aço.

Já o interior é composto por salas empilhadas verticalmente, acessadas por uma escada em espiral, que transita de espaços fechados na base para uma cúpula iluminada no topo. O ambiente já foi descrito pela equipe como "espaços abstratos e atmosféricos densos", que "variam de salas escuras e fechadas na parte inferior a salas iluminadas e arejadas na parte superior".

Além da inovação técnica, Tor Alva visa revitalizar a decadente vila de Mulegns, cuja população caiu para apenas 12 habitantes. Construída sobre um antigo depósito de carruagens restaurado, a torre faz parte de uma iniciativa mais ampla que inclui a realocação de uma vila tombada e a reabertura de um hotel histórico. Por meio de programação cultural e turismo arquitetônico, o projeto busca impulsionar a renovação econômica.

“O projeto tem um duplo propósito: criar um espaço de performance único que una arquitetura, cultura e ciência, ao mesmo tempo em que revitaliza uma vila que enfrenta desafios estruturais”, observa a equipe. “Além disso, destaca a pesquisa interdisciplinar da ETH Zurique, promovendo práticas de construção digital que fomentam ambientes inovadores, ricos e sustentáveis.”

O desempenho ambiental também é fundamental para o projeto. O método sem fôrmas reduz o uso de material em 40%, e a estrutura incorpora aço inoxidável para suportar a carbonatação com segurança, permitindo que o edifício recupere o dióxido de carbono ao longo do tempo. O monitoramento contínuo da absorção de carbono visa subsidiar futuras práticas de design sustentável.



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